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eddie a águia - cabine de imprensa

Fui convidado para uma Cabine de Imprensa para assistir ao filme Voando Alto, que só estreia no dia 31/03. A experiência foi muito legal e espero viver mais vezes isto. A crítica abaixo também pode ser lida no Estação Nerd.


Baseado em uma história real, Voando Alto conta a vida de Michael Edwards (Taron Egerton, Kingsman – Serviço Secreto), um garoto britânico que desde criança sonhava em competir nas Olimpíadas, mesmo sem ter um esporte que praticava. Após tentar diversas áreas, ele descobriu o salto de esqui e resolveu tê-lo como objetivo de aprendizado. Para alcançar o sonho de entrar nas Olimpíadas, Eddie teve que se mudar e passar a trabalhar em um pub para ter uma moradia e salário, e começou a treinar com um saltador aposentado muito famoso, Bronson Peary (Hugh Jackman, X-Men).


Apesar de ter um punho de filme incentivador, a história mostra-se bastante cativante e prende o espectador durante a jornada de Eddie. Toda a narrativa traz diversos tipos de ensinamentos, como por exemplo, “o importante é competir e se divertir”. O objetivo de Eddie The Eagle (Eddie A Águia) não era vencer as Olimpíadas. Só em conseguir entrar e fazer um salto, na cabeça dele, a vitória já seria certa.

As atuações de Taron Egerton e Hugh Jackman foram incríveis. Primeiramente pelo fato da semelhança entre os personagens retratados e os atores (durante os créditos passam fotografias reais dos momentos vividos). Além disso, o entrosamento entre eles foi perfeito.


Tecnicamente, a direção do filme não teve tanta expressividade, exceto em relação à fotografia. A história se passa de uma forma tranquila, sem muita ação. Nos momentos dos saltos, a fotografia ganha seu brilho. O posicionamento das câmeras e seu movimento dão às cenas um ar mais emocionante do que ela por si só quis passar.

Voando Alto: 

pré-estreia de 'o regresso' ⎜ o 'faroeste' repensado e inovador

Fui convidado para a pré-estreia de O Regresso! O filme que está concorrendo ao Oscar com "só" 12 indicações. Corri para escrever a crítica o mais rápido possível e aqui está!


Existem diversos filmes no estilo “far west” (velho oeste) ou, simplesmente, faroeste. O novo longa de um dos atuais maiores diretores de Hollywood, Alejandro González Iñárritu (Oscar de Melhor diretor por Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)), traz à tona esse tema, deixando de lado o tradicionalismo.

A história é baseada em fatos que aconteceram com Hugh Glass (1783-1833). Mas, assim como a maioria das histórias, ao longo das gerações, ela foi perdendo a veracidade e ganhando múltiplas versões. O longa se passa em 1822, nos Estados Unidos, onde Hugh (Leonardo DiCaprio) partir para o oeste para ganhar dinheiro com a caça. Durante a sua caminhada, ele se depara com um urso e é ferido gravemente. Deixado de lado por seus colegas, pois era difícil carregá-lo com agilidade, ele tem que caminhar de volta para casa sozinho e com um sentimento forte de vingança.


É possível sentir o pessimismo que Iñárritu quer passar com os seus trabalhos. Em Birdman, o tema principal era a trajetória até total decadência do ator de teatro. Em O Regresso, o diretor pretende mostrar o pior lado do ser humano. Deixar de lado a alma. Expor o mal, o ódio, a vingança e o animal que existe dentro de cada pessoa.

É impossível não citar o trabalho de Emmanuel Lubezki. O diretor de fotografia também de Gravidade e Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) pode colocar no currículo mais um trabalho impecável. Os planos-sequências (cenas longas e sem cortes) que já têm a sua assinatura não deixam de aparecer no longa e contribuem fascinantemente para a beleza do filme.


Um aspecto que chama muita atenção são as paisagens naturais. O filme, que foi rodado só com luzes naturais (nada de refletores e rebatedores!), apresenta diversas passagens de cena mostrando cenários e trilhas sonoras impecáveis. Momentos sem som, onde a tensão se instala, cenas com violoncelos marcando gravemente a dor e o sofrimento dos personagens, e cortes onde quem assiste sente-se dentro da tela, já que é colocado o som do ambiente. Além disso tudo, é impossível deixar passar despercebida a maquiagem. Apesar de o longa exigir um grande sacrifício dos atores, os efeitos dados com os cortes profundos e com o aspecto nojento dos personagens dá um up na veracidade.

Um dos grandes assuntos debatidos em relação ao filme é a atuação de DiCaprio.  Antes de tudo, seria injusto, também, não elogiar o elenco como um todo. Os atores foram impecáveis e não deixaram a desejar em nenhum momento. “Será que ele ganha o Oscar?”. Independente disso, é mais que necessário ressaltar o seu trabalho. Ele conseguiu transmitir para a sala de cinema a angústia e dor de cada passo dado.

A última cena foi a mais especial de todas. ATENÇÃO SPOILER ATÉ O FIM DO PARÁGRAFO! Com aquela quebra da quarta parede (quando o ator se comunica com cada pessoa que está assistindo ao filme, seja falando ou não), aquele suspiro e aquele choro compartilhado, onde percebemos os seus olhos enchendo de lágrimas, é possível sentir a sensação de alívio de “vingança feita pelas mãos de Deus”.


O Regresso é uma obra de arte. É tenso, calmo, bonito, nojento e deixa evidente o brilho da produção e dos atores. Se conseguirem várias estatuetas, será uma confirmação de sucesso. Caso não aconteça, definitivamente não é um filme que deve ser esquecido.

O Regresso: 

justificativas e explicações

Há quase duas semanas não escrevo para o blog e eu devo algumas explicações. Esse final do mês de janeiro foi bastante movimentado e seria injusto eu não explicar o motivo da minha ausência.


Eu fui convidado para escrever em um site de cultura nerd, na parte de cinema. Como nesse ano não terei tanto tempo para me dedicar ao computador, tentarei compilar o site com o MOV(i)E. Fui autorizado a publicar no blog as notícias que escrevo lá e provavelmente vou fazer isso (obviamente, dando um toque de primeira pessoa, kkkk).

Além disso, fiquei doente e não deu pra escrever. Já estou bem melhor e me preparando para o Carnaval. Em que, embora eu more em Salvador, vou pular, mas é para longe. Tentarei publicar algumas fotos do lugar que vou.

Para os interessados, basta clicar na foto abaixo e visitar o site em que estou escrevendo.

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